Vila Nova 2025: confira a retrospectiva da temporada do Tigrão, que foi marcada pela quebra do jejum no estadual
O ano de 2025 do Vila Nova foi marcado por altos e baixos. A temporada teve momentos de sofrimento, mas também de muita alegria, sobretudo com a quebra do jejum no Campeonato Goiano. Na Copa do Brasil, o Tigrão até tentou avançar, mas acabou eliminado pelo poderoso Cruzeiro. Já na Série B, a equipe fez um primeiro turno consistente, permanecendo próxima do G4, porém no segundo turno os empates se tornaram frequentes e afastaram o colorado da briga pelo acesso, resultando em uma campanha de meio de tabela.
A temporada começou de forma emocionante para o torcedor vilanovense. No Campeonato Goiano, apesar de não ter enfrentado grandes sustos na primeira fase, o desempenho da equipe gerou algumas críticas. Ainda assim, sob o comando de Rafael Lacerda, o Vila Nova se mostrou equilibrado, especialmente nos clássicos, que se tornaram o principal ponto forte da campanha, sem nenhuma derrota.
No mata-mata, o Vila Nova mostrou força e resiliência. Nas quartas de final, o Colorado superou a Jataiense. Já nas semifinais, o rival Goiás foi a vítima da vez. Com vitória por 1 a 0 fora de casa e empate sem gols no Serra Dourada, o Tigrão garantiu vaga na final do Estadual.
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A decisão do Campeonato Goiano colocou à prova o coração do torcedor, já que o clube não conquistava o título havia 19 anos. O primeiro jogo foi um balde de água fria: derrota por 2 a 0 para o Anápolis, no Jonas Duarte. Mesmo diante da desvantagem, a torcida compareceu em peso no jogo de volta, lotando o Serra Dourada. Empurrado pela massa colorada, o Vila Nova teve um segundo tempo memorável e venceu por 3 a 0, encerrando o jejum e soltando o grito de campeão.
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“Não tem deserto que dura para sempre, e no Goiano o deserto do Vila passou”, disse o então presidente do clube, Hugo Jorge Bravo.
Na Copa Verde, o Vila Nova chegou até as quartas de final. Como a competição ocorreu paralelamente ao Campeonato Goiano, o clube optou por atuar com uma equipe alternativa. Após eliminar o Luverdense nas oitavas, o Tigrão acabou superado pelo Brasiliense. O primeiro confronto terminou empatado em 1 a 1, enquanto no jogo de volta o Colorado foi derrotado por 3 a 1.
Na Copa do Brasil, o Vila Nova estreou contra a Inter de Limeira e avançou nos pênaltis. Na fase seguinte, teve uma atuação convincente ao golear o Rio Branco de Venda Nova por 6 a 0. Contudo, na terceira fase, o caminho parou no Cruzeiro, com derrotas por 2 a 0 no Mineirão e 3 a 0 no Serra Dourada.
Fora de campo, a presença do cantor Gusttavo Lima animou o torcedor vilanovense, especialmente pelas especulações envolvendo a transformação do clube em SAF. “Eu quero acompanhar até mais perto e quem sabe a gente não possa construir uma grande história. Quem sabe pode sair coisas boas”, disse o artista em entrevista ao SBT. Apesar do interesse, as negociações não avançaram.
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A grande esperança do Vila Nova em 2025 era a Série B, principalmente pelo embalo do título estadual. O início foi promissor, com o time chegando a liderar a competição. No entanto, a queda de rendimento tirou o Colorado do G4 e culminou na demissão de Rafael Lacerda.
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Na sequência, o clube apostou em um velho conhecido, Luizinho Lopes, mas a sintonia não se repetiu. Com resultados negativos, ele também acabou desligado. A diretoria então recorreu a Paulo Turra, que, após oito partidas e apenas duas vitórias, deixou o cargo. A última aposta foi Umberto Louzer, já com o planejamento voltado para a temporada de 2026.
A campanha irregular resultou na 13ª colocação da Série B, com 47 pontos, 15 a menos que o G4. Ao todo, o Vila Nova disputou 38 partidas, somando 11 vitórias, 14 empates e 13 derrotas.
A Série B também marcou a despedida do volante Ralf, que encerrou sua passagem pelo clube após quatro anos. Ao todo, foram 159 jogos com a camisa colorada, encerrando um ciclo importante no OBA.
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O fim da temporada também representou o encerramento da gestão do presidente Hugo Jorge Bravo, que comandava o clube desde 2020. Com a realização de novas eleições, o grupo político permaneceu à frente do Vila Nova, mas agora sob a presidência de Fábio Brasil, filho de Carlos Alberto Barros.
Apesar da frustração na Série B, o clube encerrou o ano com uma notícia extremamente positiva. O Governo de Goiás oficializou a doação do terreno do Centro de Treinamento ao Vila Nova. Para Hugo Jorge Bravo, a conquista é ainda mais relevante do que um eventual acesso.
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“O acesso te leva à Série A, mas não te sustenta nem te dá estabilidade. Ter um CT estruturado significa que você vai estar forte”, finalizou.
