Ministro da Previdência exonera braço-direito preso pela PF por corrupção no INSS

Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz anunciou, há pouco, a exoneração do secretário-executivo da pasta, Adroaldo da Cunha Portal, preso pela Polícia Federal, nesta quinta, por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção do INSS.
Segundo o ministro, o procurador federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico do ministério, assume a função de secretário executivo.
A Polícia Federal e a CGU deflagraram, nesta quinta-feira, uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de fraudes contra aposentados no INSS, durante o governo de Jair Bolsonaro e durante o atual mandato de Lula no Planalto.
Segundo as apurações, uma rede de sindicatos fajutos pagava propinas a integrantes do governo e a políticos para conseguir acessar os dados da Previdência e realizar descontos ilegais em milhões de aposentadorias. Estima-se que 6,3 bilhões de reais tenham sido desviados das contas de aposentados.
Um dos alvos da ação, nesta quinta, é o senador Weverton Rocha, do Maranhão. Os investigadores realizam buscas na casa do parlamentar em Brasília. Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, foi preso na ação. Adroaldo Portal teve prisão domiciliar decretada.
Os investigadores cumprem 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares autorizadas pelo ministro André Mendonça, do STF, nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.
“As ações desta data visam aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”, diz a PF.
