Goiás lidera ranking nacional de estupros, mas subnotificação preocupa, aponta estudo.

Goiás lidera ranking nacional de estupros, mas subnotificação preocupa, aponta estudo.

 De acordo com o Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nacionalmente em 3 de março, Goiás possui o índice mais alto de estupros em relação à taxa da população, com 640 casos notificados na saúde a cada 100 mil habitantes em 2019 Os agressores tendem a ser homens e, em ordem de frequência, são parceiros e ex-parceiros, familiares, amigos e desconhecidos.


A estimativa de casos totais é de 33.491, sem contar menores de 18 anos e o crime de violação de vulnerabilidade. Sergipe (600) e Roraima (565) ocupam o segundo e terceiro lugares, respectivamente, enquanto Paraíba (152), Minas Gerais (167) e Alagoas (170) registraram os índices menores.

No entanto, uma pesquisa também revelou um caso grave de subnotificação de violência sexual. Apenas 8,5% dos casos são identificados pela polícia e 4,2% chegam ao sistema de saúde em âmbito nacional. Em Goiás, a taxa de notificação de violação é de apenas 1%. Esse cenário é preocupante, uma vez que a subnotificação dificulta a identificação e a punição dos agressores, além de impedir que as vítimas recebam assistência médica e psicológica.

Entre os motivos para a subnotificação, o estudo aponta que as mulheres adultas não podem considerar o ato cometido como grave ou desejar privacidade, em vez de serem interrogadas sobre a violência sofrida. As vítimas, em sua maioria mulheres, além das consequências físicas, sofrem quadros de suicídio, depressão, ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor e alteração do sono

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