Em encontro com Trump, Zelensky diz que acordo de paz já avançou 90%
Durante reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo, 28, na Flórida, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que as negociações de uma proposta de paz para encerrar a guerra com a Rússia já avançaram em “cerca de 90% dos pontos”. O plano, no entanto, ainda não recebeu o aval de Moscou e voltou a ganhar protagonismo após um ataque recente de grande escala com mísseis e drones russos contra Kiev.
O encontro ocorreu em Mar-a-Lago, residência de Trump em Palm Beach. Segundo o presidente americano, após a conversa com Zelensky, as negociações devem continuar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Ao comentar o encontro com o líder ucraniano, Trump afirmou que há disposição das partes para encerrar a guerra e avaliou que as negociações se encontram em uma fase decisiva. Estamos no estágio final das conversas. Acho que podemos avançar rapidamente’, afirmou.
O documento em discussão reúne 20 pontos e foi elaborado após semanas de tratativas entre equipes dos dois países. Entre os principais temas estão mecanismos de segurança para prevenir novas agressões, além de impasses históricos e sensíveis, como o futuro da região de Donbass e o controle de uma usina nuclear atualmente sob ocupação russa.
“Muitas pessoas estão morrendo e queremos fechar um acordo de paz. Acredito que em breve teremos um acordo que seja bom para todos”, disse. O presidente americano afirmou ainda que este é o conflito mais difícil que já tentou resolver e evitou estipular um prazo para o fim da guerra. “Quero acabar com a guerra”, declarou Trump.
O encontro começou no início da tarde, às 13h no horário local (15h em Brasília), e marcou a retomada do contato direto entre Trump e Zelensky após meses sem reuniões presenciais. A última vez que os dois estiveram frente a frente foi em outubro do ano passado, quando o presidente americano rejeitou um pedido da Ucrânia por mísseis Tomahawk de longo alcance.
Nas últimas semanas, a Ucrânia vinha pressionando por um novo encontro, especialmente após os Estados Unidos intensificarem sua atuação diplomática no conflito. Apesar do avanço relatado por Zelensky, o sucesso da proposta ainda depende da disposição do Kremlin em aceitar os termos.
