Bolsonaro passará por avaliação diária e não tem data para alta, diz médico
A equipe médica que atende o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, 25, fornecendo detalhes sobre a cirurgia feita nesta manhã. O chefe da equipe de cirurgia, Cláudio Birolini, conversou com jornalistas em frente ao hospital DF Star, em Brasília, onde o procedimento foi feito. Bolsonaro já está no quarto, mas ainda não tem previsão de alta e será diariamente avaliado pelos médicos.
“Foi feito um reforço da parede abdominal e foi colocada uma tela de material plástico”, disse Birolini. “Optamos, por questões de precaução, otimizar o tratamento clínico, melhorar a dieta, potencializar toda a medicação e observar nesses próximos dias a necessidade ou não desse procedimento. Provavelmente nós o faremos na segunda-feira, que é o tempo para ele responder à medicação”, complementou na coletiva.
Após conseguir autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para ser internado às vésperas do dia do Natal, Bolsonaro operou duas hérnias inguinais nesta manhã. Ele passou por uma perícia, feita por agentes da Polícia Federal, que concluiu que o procedimento, embora eletivo, deveria ser feito “o mais breve possível”. “A hérnia do tipo mista, direta e indireta e foi corrigida”, disse Birolini nesta quinta.
A equipe médica cogitou fazer o bloqueio de um nervo que estava associado às crises de gastrite do ex-presidente, mas deicidiu alterar a dieta dele e acompanhar a evolução do quadro clínico nos próximos dias. A cirurgia, ao todo, demorou três horas e meia. Bolsonaro está sendo acompanhado pela ex-primeira-dama, Michelle, que publicou uma foto nas redes sociais com a equipe médica e anunciou, pouco após as 13h, que o procedimento foi “um sucesso”.
Antes de iniciar o procedimento, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, publicou uma carta escrita à mão pelo pai, reforçando a sua pré-candidatura à Presidência em 2026, quando deve enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva.
