O ex-príncipe que virou sapo: Andrew Mountbatten-Windsor

Há muito tempo os plebeus não assistiam a uma derrocada real tão fulminante. No início de outubro, farto dos problemas criados pela conexão do irmão Andrew com Jeffrey Epstein, notório explorador sexual de menores que se suicidou na prisão, o rei Charles III assinou um decreto raramente acionado que tirou dele os títulos de príncipe e duque de York, o tratamento de Sua Alteza Real, o palacete em que morava quase de graça e todas as regalias a que estava acostumado. Agora cidadão (mais ou menos) comum, Andrew Mountbatten-Windsor, 65 anos, ganhou como prêmio de consolação uma casa bem mais modesta, a três horas de Londres, onde se espera que leve a vida mais discreta possível. Dizem as más línguas que o empurrão para o rei tomar a decisão que adiava há tempos partiu do herdeiro, príncipe William — ele sim, popular como nunca, como mostrou em rápida passagem pelo Brasil.

Com reportagem de Giovanna Fraguito e Nara Boechat

Publicado em VEJA de 24 de dezembro de 2025, edição nº 2976