Finlândia amplia para 65 anos idade máxima dos reservistas de olho em ameaça russa

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A Finlândia anunciou que vai ampliar de 60 para 65 anos a idade máxima para reservistas militares a partir do próximo ano. O presidente Alexander Strubb sancionou a reforma na segunda-feira 22, e a nova legislação entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro. A alteração busca fortalecer as defesas finlandesas devido às tensões com a Rússia, com quem compartilha uma fronteira de 1.340 km de extensão, em meio à guerra na Ucrânia.
“Com essa reforma, o tamanho da reserva aumentará em 125 mil soldados durante o período de transição de cinco anos. Em 2031, o tamanho total da reserva da Finlândia será de aproximadamente 1 milhão de pessoas. Junto com todas as outras medidas para fortalecer a defesa do país, essa é uma mensagem de que a Finlândia cuidará de sua segurança agora e no futuro”, afirmou o ministro da Defesa, Antti Hakkanen.
Com uma força estimada em 280 mil militares, a Finlândia conta hoje com 900 mil reservistas. A nova medida aumenta o período de tempo durante o qual militares podem ser convocados e mobilizados para situações de emergência em até 5 anos (para oficiais de patentes mais altas), ou 15 anos (para soldados rasos), segundo Hakkanen.
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A legislação finlandesa estabelece que todos os homens devem cumprir obrigatoriamente o serviço militar a partir dos 18 anos de idade. Uma vez recrutados, eles devem servir por um período de tempo estimado entre seis e doze meses, a depender do treinamento. O alistamento é opcional para mulheres.
Helsinque vive em um estado de alerta constante em relação ao seu poderoso vizinho a leste. O país rompeu décadas de não-alinhamento militar após a invasão da Ucrânia por Moscou e ingressou na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em abril de 2023.
Em novembro daquele ano, a Finlândia fechou sua fronteira terrestre com a Rússia, afirmando que Moscou promove uma operação híbrida que enviava imigrantes oriundos de países pobres, através de território russo, para pedir asilo junto a Helsinque. Segundo as autoridades finlandesas, o objetivo de tal medida era desestabilizar o país.
