A experiência de Caco Ciocler, judeu, ao viver Jesus em filme espírita

A experiência de Caco Ciocler, judeu, ao viver Jesus em filme espírita

Caco Ciocler, 54 anos, interpreta Jesus no filme Emmanuel, de Wagner de Assis. O longa vai passar por diversos momentos da humanidade, descritos no livro Há Dois Mil Anos, de Chico Xavier. Apesar de não ser espírita, ele confessa que ficou emocionado em “todos os dias de gravações” e sentiu o peso de interpretar uma das figuras mais importantes da História.  “É uma responsabilidade muito grande. Apesar de serem pouquíssimas cenas, elas são muito difíceis e o texto também. Em uma delas, ele está no plano espiritual e são duas páginas de falas, no estágio espiritual e com todos os espíritos envolvidos. Foi bem difícil, fiquei com medo de errar o tom”, reflete Caco, judeu. 

Quando recebeu o convite para participar do filme, o ator não sabia qual papel iria interpretar. E quando descobriu que Wagner ainda não tinha um ator para Jesus, decidiu tentar. Ao ler o roteiro, algumas questões incomodaram o ator, mas ao conversar com o roteirista e diretor, acatou as ideias. “Ele sempre foi uma figura que admirei demais, mas não tenho uma relação grande. Perguntei ao Wagner: ‘Por que Jesus diz que não existe outro caminho, a não ser o dele?’. E ele me explicou que é sobre não existir outra possibilidade a não ser o amor, e essa é a mensagem que quer passar. Então comecei a entender um pouco mais e deixei de pensar na parte religiosa para focar na mensagem, que é muito bonita”, diz.

Antes de começarem as filmagens, Wagner gosta de fazer uma oração e relembrar para a equipe que o filme é uma responsabilidade grande. O diretor frisa que estão falando de assuntos importantes para certas pessoas. “Sempre me emociono antes de começarmos a gravar. Pode até parecer místico, mas não sei o que acontece. Em todas as diárias que fiz, enquanto me preparava, chorei. Não sei o motivo, só chorei”, expõe. 

Essa foi a primeira vez que Caco gravou um filme religioso. Entretanto, já participou de A Paixão de Cristo: Nova Jerusalém, onde interpretou Judas e também diz que sentiu a energia do local, no interior do agreste nordestino. “Eu iria me matar e fiquei pensando nisso, para me preparar para a cena. Quando chegou o momento de fingir o ato, desmaiei. Acho que meu corpo acreditou que eu iria me matar e apaguei. O que aconteceu com Jesus, nessas gravações, acredito que foi a mesma coisa. Senti as palavras, que são ditas há dois mil anos, e entrou em mim”, relata. 

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